O Movimento Escoteiro é feito por jovens, para jovens e pelos jovens. Foi assim que eu aprendi e aprendi também que o adulto é várias coisas: o irmão mais velho, o mal necessário, o cara que quer consertar o mundo, o que quer compensar uma infância sem graça. É tudo isso, mas também é alguém que dispõe de um tempo precioso e escasso para estar com os jovens. Tempo esse tão escasso que os pais desses mesmos jovens não o têm para pelo menos conhecer o que prega o Movimento Escoteiro que seus filhos frequentam.
Que BP é o cara, isso todo mundo já sabe. O que parece passar despercebido é a dimensão da proposta dele como educador, as estratégias que ele usava para ensinar. Uma das grandes sacadas do ME foi o aprendizado fora da sala de aula, usando as possibilidades infinitas da natureza para que o jovem construa seu conhecimento em várias áreas diferentes.
Isso significa também saber acampar, fazer fogueira e uma pioneiria que preste. Mas também significa interpretar o mundo e a sociedade à sua volta, ver possibilidades além do senso comum. O Movimento Escoteiro fez e faz a diferença nas melhores e piores situações sociais e históricas há mais de cem anos porque souberam usar habilidades que iam além da sobrevivência. Souberam ter estratégia, avaliar, planejar, se reinventar e se manterem invisíveis quando isso foi imprescindível para a sobrevivência do Movimento (vide o caso da Polônia, da Líbia, Afeganistão, Alemanha).
Isso é História? É sim!!!! E só se evita erros do passado quando se aprende com ele. De que jeito? Estudando, caramba!!!!
Livros, sempre eles!!!! Já não servem para alguns, aí tudo virou apostila, depois resumo, depois resenha, vídeo aula no youtube...
O saber menosprezado em pról da falta de tempo... E se falta tempo para estudar, usa-se esse tempo para que? Falar, falar e falar de um assunto com a profundidade de uma poça d'água. Minha amiga chama isso de verborragia! E que ninguém cobre conteúdo, é ofensivo aos pobres assoberbados de tempo.
Parece que o mundo ideal para alguns é quando uns fingem que ensinam e outros fingem que aprendem.
Como diz a molecada: só que não!
Já tive situações práticas onde a solução veio da lembrança da aula do professor mais casca grossa e antipático que tive na vida, mas naquele momento eu o amei de paixão por me salvar do vírus da ignorância.
Aprender é um privilégio, isso significa transformar informação em conhecimento. Isso só se consegue ralando, estudando e comendo livros.
Quem se contenta com menos, acaba merecendo menos.
Sempre Alerta para Servir!
Marileis
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