Nesse ano teremos muitas atividades, desde locais até estaduais,
como o acampamento comemorativo ao Centenário do Escotismo no Estado
de São Paulo. Para alguns também tem a questão da troca do
uniforme, seja pelo caqui ou por alguma combinação da vestimenta
escoteira. O que eu quero dizer com isso? DESESPERO DOS PAIS!!! Pois
tudo isso envolve uma coisa muito importante: dinheiro e infelizmente
muito dinheiro. Só para ter uma noção, em média o valor da
vestimenta e de R$200,00 e o acampamento do centenário está hoje
R$250,00. Sem falar no registro, mensalidade... Nossa, é muito
dinheiro!
Bom, então vamos lá! Depois dessa introdução um tanto quanto
alarmante, vamos a algumas soluções. Afinal, O ESCOTEIRO É
ECONÔMICO E RESPEITA O BEM ALHEIO! O que nós chefes e pais devemos
incentivar e ajudar, é que o jovem economize dinheiro para que as
atividades e equipamentos que ele deseja possam ser adquiridos.
Quando eu era membro juvenil, economizava o dinheiro do lanche da
escola. Por exemplo, ao invés de gastar com o lanche e uma bebida,
eu só gastava com o lanche e guardava o restante (sempre tinha água
no cantil). Comprava um lanche mais em conta e por que não trocar
também a marca da bolacha recheada? A diferença pode chegar a 100%
do valor, são pequenas atitudes que acabam fazendo a diferença no
final. O que muito se vê é o jovem negociando com os pais.
Remunerá-lo, se ele fizer um serviço doméstico que costumeiramente
os pais pagariam para outra pessoa, como exemplo lavar o carro,
cortar a grama, coisa desse tipo... Há várias opções de fonte de
renda para os jovens: manutenção nas bicicletas dos amigos,
customização de roupas, ajudar a tia vender itens de catálogo,
organização de guarda-roupas, tudo com
conhecimento e supervisão dos pais. Uma outra coisa que podemos
fazer e incentivar/participar de campanhas financeiras que nossos GE
podem promover. E os adultos? É pessoal, também pesa! Afinal, temos
família e muitas vezes também temos filhos dentro do movimento e
não custa nada também corrermos um pouco para economizar, para
podermos fazer nossas atividades sem desampararmos nossa família.
Chefes precisam de formação, os cursos são
caros e ainda temos que acompanhar as crianças nas atividades
externas. No meu caso, economizo o dinheiro do metrô, indo a pé da
estação Armênia, até onde eu trabalho (próximo a estação São
Bento). Além de economizar, deixo de poluir e faço exercício (uma
boa caminhada de aproximadamente 7 km) e estou eliminando a bebida
durante o almoço (cantil sempre!). Costume que cultivo desde o tempo
de membro juvenil e agora estou evitando a sobremesa. E olha que eu
amo sorvete depois do almoço...
Ou seja, se os jovens dependerem unicamente do orçamento dos pais,
vocês vão acabar contribuindo de forma negativa no orçamento
familiar e o movimento escoteiro quer jovens autônomos, criativos e
cheios de iniciativa. Senão, podem não participar de algumas
atividades externas. Mesmo que muitas vezes, elas possam ser
parceladas, isso não significa que o jovem não deve se mexer. Pode
ter certeza, atividades e equipamentos não serão conquistados sem
esforço.
Só quando realmente não conseguirmos fazer ou ter uma coisa por
falta de organização em nossas finanças, que vamos colocar na
ponta do lápis o quanto gastamos com coisas que poderiam ser
evitadas, ou podemos economizar sem perder o pouco de luxo e conforto
que nós temos.
Bom, essa não deveria ser uma aula de finanças, mas acabou se
tornando. O importante é que você sendo membro juvenil ou adulto,
passe a pensar um pouco mais em economizar para conseguir atingir
alguns dos seu objetivos.
Vou
ficando por aqui, nos vemos em alguma atividade!
SAPS!